CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REPÚBLICA VELHA
Em 1894, foi eleito presidente da República o cafeicultor paulista Prudente de Moraes, assinalando a passagem da República da Espada para a República Oligárquica ou República dos Fazendeiros. O coronelismo, o voto de cabresto, a política dos governadores, a hegemonia de São Paulo e Minas Gerais na política nacional, as estratégias de valorização do café foram as principais características da dominação político-econômica das oligarquias rurais sobre o país que durou, não sem contestação, até 1930
Sendo o Brasil um país eminentemente agrário o coronelismo era a base política da República Velha, pois era no campo que estavam os maiores percentuais de votos. O prestígio de um coronel era medido pela quantidade de votos que ele controlava.
O fato do voto ser em aberto (não ser secreto) possibilitava aos coronéis um controle efetivo sobre os votos do seu “curral eleitoral”. Quem ousaria a não votar no candidato do homem sabendo que ao lado da urna seus jagunços estavam de olho no seu voto?
Não podemos porém imaginar que a força do coronel baseava-se apenas na coerção. Através do compadrio, do assistencialismo e do clientelismo o coronel tinha a população da sua região na palma da sua mão. E na época das eleições não tinha erro ganhava o candidato do coronel. Era o voto de cabresto, ou seja, controlado pelo coronel.
No governo Campos Sales foi estabelecido o Funding Loan, renegociação da dívida externa com nossos credores. Campos Sales implementou um rigoroso ajuste econômico, cortou o crédito à indústria, paralisou a emissão de moeda, criou novos impostos(sobre o consumo e do selo foram os principais), além de aumentar os já existentes, redução das despesas públicas e contenção rígida do salário dos trabalhadores, essa medidas antiinflacionárias baixaram bruscamente o poder aquisitivo da população assalariada. Os privilégios dos grandes proprietários rurais não foram afetados.
A Política dos Governadores foi o mecanismo criado por Campos Sales (1898-1902), pelo qual a oligarquia cafeeira impôs a sua hegemonia na política nacional e consistia no seguinte: o presidente da República apoiaria, com todos os meios ao seu alcance, a oligarquia dominante em cada estado; em troca essa mesma oligarquia garantiria a eleição, para o Congresso de candidatos que estivessem afinados com a política oficial.
Outra característica do período conhecido como República Velha foi o predomínio de políticos paulistas e mineiros na cena política nacional estabelecendo assim a chamada Política do Café com Leite que promovia o revezamento entre os paulistas e mineiros na presidência da República.
Sendo o café o principal produto brasileiro na pauta de exportações e estando a política do país voltada para os interesses dos cafeicultores, foi estabelecido, no Convênio de Taubaté, mecanismos artificiais para sustentar o preço do café: quando o preço do café caia no mercado internacional, ou quando a safra do produto aumentava em demasia, uma grande parcela desse café era comprado e estocado pelo governo que contraia empréstimos no estrangeiro para tal fim. Dessa forma o cafeicultor não tinha prejuízos.
Em 1894, foi eleito presidente da República o cafeicultor paulista Prudente de Moraes, assinalando a passagem da República da Espada para a República Oligárquica ou República dos Fazendeiros. O coronelismo, o voto de cabresto, a política dos governadores, a hegemonia de São Paulo e Minas Gerais na política nacional, as estratégias de valorização do café foram as principais características da dominação político-econômica das oligarquias rurais sobre o país que durou, não sem contestação, até 1930
Sendo o Brasil um país eminentemente agrário o coronelismo era a base política da República Velha, pois era no campo que estavam os maiores percentuais de votos. O prestígio de um coronel era medido pela quantidade de votos que ele controlava.
O fato do voto ser em aberto (não ser secreto) possibilitava aos coronéis um controle efetivo sobre os votos do seu “curral eleitoral”. Quem ousaria a não votar no candidato do homem sabendo que ao lado da urna seus jagunços estavam de olho no seu voto?
Não podemos porém imaginar que a força do coronel baseava-se apenas na coerção. Através do compadrio, do assistencialismo e do clientelismo o coronel tinha a população da sua região na palma da sua mão. E na época das eleições não tinha erro ganhava o candidato do coronel. Era o voto de cabresto, ou seja, controlado pelo coronel.
No governo Campos Sales foi estabelecido o Funding Loan, renegociação da dívida externa com nossos credores. Campos Sales implementou um rigoroso ajuste econômico, cortou o crédito à indústria, paralisou a emissão de moeda, criou novos impostos(sobre o consumo e do selo foram os principais), além de aumentar os já existentes, redução das despesas públicas e contenção rígida do salário dos trabalhadores, essa medidas antiinflacionárias baixaram bruscamente o poder aquisitivo da população assalariada. Os privilégios dos grandes proprietários rurais não foram afetados.
A Política dos Governadores foi o mecanismo criado por Campos Sales (1898-1902), pelo qual a oligarquia cafeeira impôs a sua hegemonia na política nacional e consistia no seguinte: o presidente da República apoiaria, com todos os meios ao seu alcance, a oligarquia dominante em cada estado; em troca essa mesma oligarquia garantiria a eleição, para o Congresso de candidatos que estivessem afinados com a política oficial.
Outra característica do período conhecido como República Velha foi o predomínio de políticos paulistas e mineiros na cena política nacional estabelecendo assim a chamada Política do Café com Leite que promovia o revezamento entre os paulistas e mineiros na presidência da República.
Sendo o café o principal produto brasileiro na pauta de exportações e estando a política do país voltada para os interesses dos cafeicultores, foi estabelecido, no Convênio de Taubaté, mecanismos artificiais para sustentar o preço do café: quando o preço do café caia no mercado internacional, ou quando a safra do produto aumentava em demasia, uma grande parcela desse café era comprado e estocado pelo governo que contraia empréstimos no estrangeiro para tal fim. Dessa forma o cafeicultor não tinha prejuízos.
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